O sonho
Poesia de Ovídio Spínola
e fazíamos de tudo.
Tínhamos um mestre, e ele nos
orienta e nos conhece... Sabe até o depois!
E corríamos pelo lindo campo verde,
onde as rosas e as flores ficavam para trás,
à mercê do tempo.
Nós, de branco , flutuávamos,
numa satisfação nunca vista,
e a sensação era de já conhecer tudo aquilo.
De braços abertos, felizes, homem e mulher,
gesticulávamos, dançávamos e sorríamos num grande balé.
Os movimentos harmoniosos enchiam o ar
e representavam-nos muito bem.
O mestre nos ensinara como fazer...
E durante todo um show, ali, transmitíamos
paz, amor, confiança e respeito.
De repente! Percebemos que, ali, justamente ali,
um grande palco, onde juízes, pessoas experientes,
estudiosas e sábias aplaudiam-nos,
desejosos que na vida real fosse assim.
E, sorrindo, com a alma leve, acordei.
Texto escrito no quinto dia da minha lua-de-mel em Domingos Martins, Espírito Santo (1981).
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